Old School Gamer

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quarta-feira, novembro 29, 2006

Primeiro contacto com Nintendo Wii



Esta tarde, deveriam ser umas 16:10 quando estava a chegar à Fnac em Sta Catarina no Porto para experimentar a Wii. Num quiosque estavam uns tipos a jogar o mini-jogo de pesca no Zelda. A promotora aproveitou depois para percorrer a demonstração do Zelda TP com todo o fulgor da interface.
Finda a fase de observação e enquanto muitas pessoas paravam com curiosidade e se detinham por algum tempo a contemplar a folia, aproveitei para embarcar no mini-jogo da pesca.

Primeiro contacto com o wiimote.

Parece mais pequeno do que as imagens publicadas nestes últimos tempos deixam transparecer, mas é suficientemente amplo para se ajustar à palma e dimensão da mão. O botão B serve quase de gatilho e atinge-se com normalidade. O nunchunk também se adapta facilmente por via de um analógico muito simples e suave no pressionar.

É estranho e ao mesmo tempo entusiasmante ver um Zelda explorado daquela forma. O jogo está muito bonito e cheio de pormenores. Tudo está mais detalhado com cores vivas e dinâmicas nas transições.
O jogo da pesca basicamente destina-se a simular o jeito de atirar o anzol à água devendo depois do lançamento retirar a pressão sobre o botão A, usando depois o analógico para aproximá-lo de um peixe. Quando o peixe morder simula-se com o nunchunk um retrocesso constante da roldana até a indicação do A+B pressionados em simultâneo surgir. Estive ali um bom pedaço tentando o efeito,mas foi-se o peixe.

Depois viria a jogar Wii sports que me permitiu explorar melhor a interface da consola. O jogo de ténis obriga às habituais puxadas podendo ser usada mais pressão e um gesto equivalente ao congénere do desporto para atingir uma batida forte.
JOgar bowling foi interessante tal era o realismo com que a bola se desenvolvia pelo corredor até alcançar os mecos. Baseball obrigou a uma série de movimentos mais vistosos. Não tive muito sucesso nem alcancei o famigerado homerun, mas ainda bati umas bolas.
Por fim umas tacadas de golfe, estimulantes e com êxito progressivo.

O que há de comum e divertido nestes mini-jogos (wii-sports) é o gesto corporal adequado e sobretudo próximo da forma como é desencadeado realmente. Admito que os movimentos têm sucesso mesmo que tenhamos o corpo sentado, mas de pé e defronte de um televisor que requer dimensões apreciáveis para melhor feedback a diversão parece estar garantida e fiquei com aquela impressão que juntando mais três comandos e várias pessoas amigas podem ter a certeza que passarão umas tardes de inverno de forma bastante agradável.

A essencia da consola está toda na interface. A arquitectura e o processo também estão expostos. Quero confiar que dezenas de produtoras interessadas em projectar conceitos inovadores e revolucionários apliquem aquele mecanismo de jogo e transformando os bonecos (exemplos) do Wii sports em personagens medonhas, temíveis e novos heróis. E por RE4 já se provou que não é por falta de grafismo cuidado que não se podem fazer enredos cativantes.
Um maná que está à mercê da justa exploração.

De resto, certo é que muitas pessoas se abeiravam para observar o ecrã e os objectos que figuravam nas mãos intrépidas do jogador. Novos, velhos, miúdas curiosas, gente de cabelo comprido, barba e pêra fitavam-se no LCD. Poderão não comprar no dia 8 de Dezembro juntamente com o Zelda TP, mas a semente foi atirada.

Se eu vou comprar uma? Confesso que a fazê-lo teria de ser com o Zelda pois como já se tem dito e pelo que vi e joguei, têm razão quando dizem que a experiência e feedback são muito maiores quando se alcançam os bosses e respectivos desideratos através do Wii mote. Para os compradores, simpatizantes do jogo e fãs Nintendo vai ser um momento fenomenal conciliar o novo Zelda a uma interface distinta de uma consola nova.

(este texto foi ontem publicado no fórum Insertcoin no tópico Wii em Portugal)