Old School Gamer

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quarta-feira, março 28, 2007

Porn time - GT HD 2.0 demo (PS3)



A série Gran Turismo por este andar arrisca-se mais a tornar-se num sério concorrente às emissões de desporto automóvel habitualmente transmitidas no canal Eurosport ou Sportv, que propriamente confirmar um jogo de automóveis onde controlar veículos seja efectivamente um prazer ou divertimento, aquilo que realmente interessa. Cada vez que que um novo percurso atalha na série parece de imediato ficar refém da evolução à volta dos gráficos, com repetições das voltas mais parecendo pornografia (o típico olhar boquiaberto - Wow - that's HOT º0).
Isto vem a propósito da demo do Gran Turismo HD para a PS3 que já se encontra disponível para download, na versão 2.0, desde a última sexta-feira e só vem confirmar que temos em mãos uma demonstração de um Gran Turismo 4.5 (ou 4.7 quando aparece o Ferrari) que tem de ser melhorada bastante para então se atingir um Gran Turismo 5 adequado a devolver novo fôlego à série catapultada para o êxito pela mão da Polyphony Digital com os dois primeiros números para a Playstation.

GT HD é uma demonstração bastante limitada em termos de pistas - muito mesmo - mas para compensar essa falta concede ao jogador dez veículos, dos quais só metade são realmente rápidos e entusiasmantes, podendo o leque ser alargado para o dobro (os mesmos carros, mas com especificações motoras melhoradas e outras cores). A pista extende-se por verdes prados alpinos, sinuosa quanto baste com curvas rápidas e outras mais fechadas.

Graficamente (lá está!) demarca-se sensivelmente de GT4. Há marcas de asfalto rachado nas pontas da estrada, efeitos do sol no pavimento, público bem recreado e renderizado sendo particularmente visível nas repetições, altura que permite apreciar quão belo é um Ferrari a circular numa tarde de sol. O condutor do veículo está mais visível, movendo-se com as sacudidelas do carro. Os modelos automóveis surgem mais polidos, sólidos e brilhantes igualando as imagens que gostámos de ver dos automóveis topo de gama em andamento.

Quanto à condução propriamente dita, não há grandes novidades perante o conehcido da série. Os primeiros automóveis como Suzuki Capuccino ou Mazda continuam muito lentos, agudizando esse aspecto se a opção for pela visão exterior. Mesmo os carros rápidos como o Ferrari ou Mitsubishi Evo IX ficam excessivamente lentos nas curvas, derrapando por tudo e por nada, mesmo que se faça uma curva a 40 Km/h, algo que não é compatível com a realidade e se pela presente demo há uma aproximação ao estatuto de simulação, bastante tem de ser revisto.

A melhor forma de aproveitar a linha de trajectória ideal e até controlar as sacudidelas do carro é através da visão interior que permite abordar melhor as curvas mas também garante uma sensação de velocidade mais apurada.

Em termos de opções não há grandes novidades e poder-se-à dizer que depois de desbloqueado o modo drift (exige domínio nas curvas para melhor compensação) sobra tempo para olhar a tabela de tempos on-line e tentar inserir as voltas mais rápidas na lista ou igualar o impressionante tempo de um minuto e vinte e cinco segundos a bordo de um Susuki Capuccino.

De um modo geral sente-se alguma desilusão nesta demo para quem estava à espera de um corte face ao legado da série. Mas se atentarmos no nome do título percebe-se que a demonstração mais não passa que uma transposição de um GT4 para a alta definição e uma novidade em torno dos Ferrari que num GT5 deverão marcar presença.
Só que mais que essa contratação é imperativo melhorar a jogabilidade, torná-la mais aliciante e divertida, acrescentando mais velocidade à corrida. No fundo uma nova física de jogo sob pena de estagnação da série que só redundaria num desperdício de tempo e capital.