A caminho da final - 2ª parte
Este foi o primeiro título do género futebolístico que joguei na consola Mega Drive. E até à saída do International Fifa Soccer em 1994 este jogo situava-se entre os melhores para qualquer plataforma.
As surpresas começavam com a possibilidade de escolher clubes portugueses, devidamente representados desde logo a partir dos símbolos dos clubes. Nas equipas nacionais estavam o Porto, Benfica, Sporting, Guimarães, Belenenses e julgo que também o Braga.
O mesmo acontecia com outros países, também eles representados pelos clubes sonantes na Europa. Este é o jogo de clubes e não de selecções.
Tal como em muitos outros jogos, os jogadores entravam em campo com os nomes adulterados, mas por dedução era possível descobrir o goleador mor ou chefe de equipa.
O aspecto interessante neste jogo é que proporcionava um verdadeiro espírito de competição ao nível da Liga dos Campeões. Tudo decorria através de eliminatórias compostas pelos clubes emblemáticos da Europa como Milan, Bayern, Liverpool, Juventus. As cores dos equipamentos tinham alguma correspondência com a realidade, mas sempre há à disposição um editor para modificar certos aspectos como a cor das meias, dos calções, das baínhas das camisolas podendo por isso o resultado final ficar mais próximo dos equipamentos oficiais.
Em termos de jogabilidade o desafio aproximava-se da simulação, proporcionando passes curtos, passes longos, cruzamentos e remates a alguma distância da baliza. Mesmo que os gráficos se situem em duas dimensões a sensação de profundidade é muito aceitável em consonância com a possibilidade de dirigir o jogador na posse da bola para 8 direcções possíveis. O jogador pode ainda cortar a bola com "entradas de carrinho", realizar algumas intercepções para em seguida contra-atacar.
Algumas falhas porém ao nível das jogadas pré-definidas quase sempre concluíveis em golo como sucedia com um balão realizado a partir do meio campo em direcção da grande área adversária, sobrando depois o duelo entre o ponta-de-lança e o guarda redes, levando este último quase sempre a pior se fizer uma oposição ao remate de cabeça através de um mergulho. Esta jogada tornava-se assim na situação de recurso para vencer uma equipa de complexidade assinalável, retirando no entanto alguma justiça ao marcador.
De resto todas as faltas eram apitadas, havia lugar a cartões amarelos e consequentes expulsões. O gosto pelo desafio de futebol era uma constante, aguçado ainda mais pela possibilidade de levar um clube portugês à final da taça europeia de clubes contra um colosso como Milan, vingando assim algumas das frustações que naquela época chegavam dos estádios europeus via TV. Na lista dos melhores.
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