Old School Gamer

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segunda-feira, agosto 21, 2006

E Inglaterra é já ali em cima.

Longe vão os tempos em que para se sair de Portugal para a comunidade europeia era preciso um passaporte e parar em tudo o que era fronteira. Com o evoluir do tempo, essas barreiras foram sendo derrubadas, tudo ficou amplo para quem pretende viajar. Tudo ficou uma verdadeira auto-estrada para nos passearmos de férias, ou mesmo em trabalho.
Mesmo em termos linguísticos, as barreiras desapareceram. Ou pelo menos foram atenuadas. Com tudo o que é filme, videojogo ou mesmo alguma literatura e imprensa que se vê cá em Portugal, é escrita em Inglês e leva os jovens desde cedo a aprenderem a falar além do nosso querido e estimado português.
Mas se tudo isto foi derrubado e ultrapassado por nós, porque é que alguns jogos se ficam por esses países? Uma coisa é certa, há três mercados distintos. O japonês, o americano e o nosso, o mercado europeu. E como tal, há jogos que não editados fora do Japão. Outros saem do Japão em direcção aos Estados Unidos, mas não são adaptados à nossa região.
Mas agora, o que me prende a atenção e o que me faz alguma espécie, é como é que videojogos que saem cá, alguns deles aqui ao lado, leia-se Espanha, não são editados cá em Portugal, privando assim uma minoria, que seja uma minoria, de jogadores famintos por alguns destes títulos.
Pegando em dois ou três casos recentes, Astonishia Story e Monster Hunter Freedom. Ambos para a PSP. Ambos com grandes problemas a chegarem cá. Porquê? Será por falta de mercado? Esta é a desculpa repetida sempre que este caso vem à baila. A falta de mercado, uma comunidade jogadora pobre. Mas não serão estas desculpas, um bocado retrógradas?
Se o primeiro exemplo é um Role Playing Game de uma casa Sul Coreana, que eventualmente muitos dos jogadores desconhece, já o segundo é um franco caso de sucesso lançado pela Capcom. Meus senhores, não acham que isto ia vender cá em Portugal?
A PlayStation Portable está a dar os seus primeiros passos, apesar de fazer já no próximo mês, um ano de lançamento no nosso país, mas mesmo assim, os jogos escasseiam, tardam em aparecer, falo especificamente de RPG's bem entendido, uma vez que é o género onde se encaixam os meus dois exemplos. Será que Monster Hunter, na sua vertente portátil, não iria ser bem recebido por vários milhares que compraram a PSP e que fizeram voar das prateleiras, jogos como Breath of Fire III, Tales of Eternia, ou mesmo Untold Legends?
Estes jogos estão a ser comercializados cá por empresas que elas próprias importaram isto do Reino Unido, ficando mais caro, tendo elas próprias que pagar o selo ao IGAC e o devido processo de legalização da importação. E sabem, o que é mais interessante no meio disto é que as copias compradas lá fora e comercializadas desta maneira, algo "artesanal" voaram das prateleiras, as reservas de pessoal conhecedoras do processo não foram todas satisfeitas. Ainda acham que não se justificava a distribuição do jogo cá?
Estranho modo de pensar este que privam os jogadores de alguns títulos queridos e aguardados com muito esforço, esforço para juntarem os tais 50€ que abririam as portas para uma aventura, uma aventura para ajudar a aliviar a cabeça da tal aventura noticiada vezes sem conta na televisão, de dinheiros, desempregos e outras maleitas que assolam o país. Curioso não exportarem isso, podiam importar os jogos que ficam nas nossas fronteiras, sim, naquelas que teoricamente foram absolvidas e de que vos falei no início desta peça. Parece que Portugal cada vez se quer desapegar da Europa, cuidado Portugal, o conselho que te dou é que não te tentes desapegar muito, porque à tua esquerda sé tens agua. E não vamos querer ficar transformados numa ilha.
Mas pensando eu que isto era porque estávamos a falar de jogos mais escondidos, com a falta do tal publico, a falta do tal mercado, eis que surge a noticia de que Metal Gear Solid 3: Subsistance não deverá chegar cá! Porquê? Porque não vai chegar a Espanha e como o nosso mercado videojogável é tão bom e famoso anda a reboque do espanhol.
Abençoada Internet, abençoado meio de importar aquilo que temos direito como qualquer europeu. Pena tenho eu do Zé que mora no interior, que não tem Internet e que tem a sua consola porque os tios a trouxeram de França ou da Alemanha num qualquer mês de Agosto. É o mercado que temos. De louvar algumas iniciativas que começam a ganhar forma.
Informem-se da importação, da segurança, do Mbnet, de utensílios indispensáveis para sermos mais uma vez, jogadores europeus.

1 Comments:

At 4:00 da tarde, Blogger bravojohny said...

O Zé só terá a novidade na volta do próximo ano. O nosso mercado é muito estreito, mas como uma vez disse um colega meu a outro,à luz da Europa Central e semi peninsular, ainda vivemos atrás dos montes.
Bom regresso ao activo. :)

 

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