Old School Gamer

Blog feito por "Gamers" da velha guarda para todos os intressados no assunto. Actualizado sempre com impressões, análises, e notícias de grande jogos que o são, ou, que o foram. Não perder também a componente de Cinema, música e outros entretenimentos.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Mulheres à redacção!


É um facto que a área dos videojogos é partilhada e preferida essencialmente pelos homens, rapazes, miúdos, etc. E mais evidente isto se toma cada vez que consultamos novas opiniões, chamadas de atenção, blogues, intervenções e outras formas de veicular opiniões, especialmente através de fóruns de discussão, quase sempre com autores masculinos na composição escrita. Do caso de mulheres que conheço a ter interesse profundo por videojogos, não as conto pelos dedos de uma mão. Contudo elas também jogam e divertem-se do mesmo modo ou mais que nós homens. Tal como nós, vão às lojas e também compram jogos, sempre informadas e conhecedoras dos produtos em vista. Mas a vontade de transmitir opiniões, experiências e outras vivências resultantes do contacto com os jogos é largamente inferior aos homens, que por contraponto mostram-se muito mais solícitos a saltar para os meandros da rede, apor um nome real ou nickname e abrir um blogue ou site específico aos jogos.
Não que disto resulte um afecto ou dialética própria para as mulheres na relação com os jogos e que as trave de exprimir as suas experiências que por certo não diferem globalmente daquilo que transmite um site redigido por homens. Ao invés, não se sentem estimuladas para participar activamente, e aquelas que o fazem muitas vezes devem essa actuação a irmãos, amigos, namorado e outros que lhes foram incutindo o interesse e gosto pelos jogos. Nos rapazes é normal a formação de grupos que se sujeitam a interesses similares. Lembro-me de enquanto miúdo me juntar a outros amigos e colegas que levavam o Gameboy para a escola (à época o que era um telemóvel?!!!). Emprestávamos jogos e passámos muitos intervalos de máquina ligada. Mesmo por estes dias e considerando o motor internet, a uma escala globalmente impressionante e abissal voltam a juntar-se miríades de grupos de rapazes que cresceram tendo consolas por casa. Nos tempos idos as raparigas sentiam-se pouco motivadas para usufruir e partilhar dessa experiência tão frenética e compenetradora. No máximo e ressalvando os casos excepcionais - que nos deixavam admirados -, abeiravam-se para tentar perceber aqueles pequenos mistérios (quase rituais). Mas não passava disso, de mera curiosidade.

A composição e alargamento dos mercados também é primordial na forma como é capaz de atrair as mulheres para os jogos e posteriormente deixá-las com interesse para publicar e exteriorizar a dialéctica com os jogos. Em Portugal, nas redacções das principais revistas de papel e de feição electrónica, há mulheres integradas cujo contributo causa sempre atenção especial. Mas o domínio e a estrutura principal de organização e administração é sistematicamente controlada por homens. Ressalvando essas situações de mulheres na titularidade, não é corrente encontrar blogue ou site escrito por mulher e de conteúdo especializado em jogos. Há situações de nuances, fusões e influências - a este respeito muito aconselhável a leitura do blogue Mouseland, rubricado por Patrícia Gouveia, que entre vários assuntos conexos à arte enxerta muitos textos sustentados em videojogos.
Em termos internacionais não é tão difícil descobrir sites e blogues de conteúdo redigido por mulheres. Ainda há poucos dias encontrei mais duas leituras que merecem atenção. O Gamongirls é um site francês e diariamente actualizado com notícias, análises, opiniões. Já o Fragdolls alarga-se a três países (França, Inglaterra e EUA)e cujo contributo é prestado unicamente por fervorosas adeptas de videojogos com vontade para argumentar em torno dos videojogos.
Este contributo assim prestado pelas mulheres move mais pela curiosidade e até por alguma novidade, pois muito embora possam ter um afecto e ponderação diferenciada na forma como convivem com esta área lúdica, as dissonâncias e e convergências não radicalizam ou se colocam à margem de uma discussão tida por rapazes num qualquer tópico de um fórum de videojogos.

2 Comments:

At 11:55 da manhã, Blogger Mandalorian said...

Eu não percebo porque é que há estas divisões. Porque é que um grupo de mulheres e só de mulheres tem que se juntar para falarem de jogos? Aqui falaste das mulheres, mas outro fenómeno que começa a aparecer são os blogs sobre videojogos para gays. Já tive para falar sobre isto no meu blog mas depois não tinha um fio condutor. Acho que não tem nexo nenhum. Qualquer dia fazem um blog sobre videojogos só para os negros, para os ciganos e para os caucasianos.

 
At 12:59 da manhã, Blogger bravojohny said...

Também sucede isso, embora a junção ou divisões entre homens e mulheres seja pela relação de proximidade e afastamento que possam ter. É como o caso de algumas jogadoras que são amigas, sirandam nas suas casas e escrevem conjuntamente. Mas aí, principalmente terão de ser elas a responder por essa divisão.
Recordo-me é de no tempo do gameover participar muito uma forista. Tinha uma participação muito activa nos temas de jogos, notícias e consolas. Mas situações desse género (desde que "acabou" o gameover fórum que nunca a tornei a ver escrever) são bastante esporádicas, pelo menos por cá.

 

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