Old School Gamer

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quarta-feira, abril 11, 2007

Comentários ao Oblivion e outros

Já está por aí o novo update para o Gears of War que vem acrescentar um novo modo de jogo denominado de "Annex" e assim prolongar o interesse dos viciados em Gears. O update é realizado de forma automática e o descarregamento não exige grande tempo. Entretanto já estive a fazer uns combates, ainda de uma forma principiante, à cata das regras, mas certo é que acrescenta uma maior dinâmica aos combates que notabilizaram o modo multiplayer, sem descuidar a componente tática. As possibilidades de aniquilar a junção dos adversários no epicentro (que conjuga pontuações elevadas) são várias já que os jogadores derrotados não ficam à espera que o combate se desenrole até ficar o último elemento vivo, antes ressurgem em zonas diferentes do mapa sem saber, à partida, por onde estão espalhados os restantes elementos. Há assim um constante reentrar no jogo, adicionando mais acção e menos compassos de espera.


Mas aquilo que me tem retido verdadeiramente nestes últimos dias é o colossal Oblivion: The Elder Scrolls IV para a Xbox 360.
Tenho este jogo há uns tempos (comprado a baixo preço numa loja britânica - a sendit), uns meses até, mas acabou por ficar à espera de uma altura mais propícia às exigências já que este é mais um daqueles jogos quase terapêuticos, sedentos de tempo e disponibilidade, por isso, nada melhor que escolher este período da Páscoa para progressivamente compreender a estrutura do jogo.
Nunca fui grande consumidor de jogos de role-play na primeira pessoa (daí esta fase inicial de conhecimento e adaptação), mas este, como muitos de vós podeis saber, é daqueles jogos cheios de classes e parâmetros de evolução que obrigam o jogador a perder tempo num constante level-up depois de escolhermos determinada classe. Mas também há muita exploração, longas viagens, muitas paisagens sujeitas a apreciação, em suma, um jogo muito completo e vasto até dizer basta. Para já ainda não quero adiantar grandes comentários no que à progressão respeita, isto ainda vai algo verde e assim está à espera de maior desenvoltura na forma como se sustenta a progressão da personagem embora as opções e indicações estejam todas juntinhas em menus e sub-menus.
E dessa forma os parâmetros do comando estão bem ajustados, os ecrãs e menus da informação que queremos e precisamos de consultar a dada altura são acedidos com facilidade, o tutorial das quests fica registado, o que pelo menos não nos deixa à nora sobre o que fazer e para onde avançar.
Mas a imensidão do jogo é notória também no mapa e na quantidade de sub-quests que vão aparecendo, umas vezes executáveis na hora, outras vezes ficam adiadas. A quantidade de vilas e direcções é abissal, pelo que atravessar duas localizações que parecem próximas no mapa de menor escala, pode implicar a passagem de um dia ou mais se tivermos em conta aquilo que vai surgindo pelo meio.
A passagem da noite para o dia faz-se com uma leveza e realismo que parece mudar o brilho e a caracterização da paisagem. Assim aconteceu quando a caminho de uma vila, durante uma tarde, para entregar a alguém certo objecto, encontrei um forte abandonado, todo ele pejado de goblins, tendo ficado por ali tempo suficiente para no regresso encontrar um negrume no exterior. E dos pontos altos sabe bem ficar breves instantes a contemplar a fortaleza que se ergue na cidade imperial, ladeada de rios e montanhas.
Pena acontecer bastantes vezes alguma quebra de frame rate, deixando aos soluços a rotação que se esteja a fazer, mesmo assim não é suficiente para abater a grandiosidade do motor gráfico com objectos muito renderizados (se especialmente vistos ao perto como as flores, árvores, erva, caras dos NPC) e texturas suaves nas pedras, rochas e outros elementos que ajudam a compor o cenário.
Oblivion: The Elder Scrolls IV é enorme, juntamente com o jogo até vem um mapa que podemos afixar na parede, para melhor situarmos as regiões, vilas, cidades, etc, deixando ao jogador uma margem de progressão muito ampla.


Sobre o Motorstorm para a PS3 é um jogo que podemos dizer ter algum contraste, isto é, se por um lado é parco demais em termos de opções de jogo (basicamente é corrida atrás de corrida) e demora bastante nos loadings de escolha do veículo e na entrada para a corrida, por outro lado é quase perfeito no resultado a que se propõe. Cada classe de veículo presente no jogo, desde as motas aos big rigs, obriga a uma forma especial de condução e com uma dinâmica muito próxima da forma como vemos o movimento desses veículos na realidade e se a isso associarmos a grande variedade de terrenos de corrida que obrigará à escolha dos veículos mais capazes para o caso de se tratar de terra batida, cascalho ou lama, torna-se determinante a escolha efectuada para assegurar êxito na corrida.
É um jogo que muitos apontam seguidor de jogos como Burnout, mas não é inteiramente verdade e desde logo porque no caso do jogo da EA é assente a sensação de falta de gravidade nos carros que parecem mais umas latas de chapa sem peso e com epicentro de dinâmica no centro do carro (como um lápis espetado no meio), enquanto que no Motorstorm os veículos transmitem uma sensação de peso e de objecto sujeito às contingências do percurso entre muitos outros factores que de um momento para o outro podem arruinar uma vitória perfeita.