Old School Gamer

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sábado, agosto 18, 2007

Vampire Rain - espionagem hardcore - impressões da demo


Enquanto o mercado de jogos de espionagem é marcado por nomes consagrados como Splinter Cell e sobretudo Metal Gear Solid 4, onde aqui a narrativa e densidade das personagens é fundamental para dar forma às missões, Vampire Rain apresenta-se, na demonstração, com um misto de desencanto e progressão extrema, quase levada ao absurdo. Por contraditório que possa parecer, de início sente-se alguma vulgaridade, mas com o avanço no objectivo, através de constantes e novas informações, o ímpeto é maior e vêmo-nos, de um momento para o outro, completamente despercebidos num cenário onde a atenção nos cerca e inimigos vampirescos nos flanqueiam constantemente Os nightwalkers são de uma ferocidade tenaz. Matam-nos à primeira e, quando os avistamos, ou são despachados num instante ou nós é que somos sugados sem parcimónia.

A demonstração compreende vários níveis da versão completa, dando uma visão alargada dos mais de vinte níveis que o jogo final tem para oferecer. Desde momentos dedicados ao combate corpo a corpo até fases de pura infiltração - stealth - onde tem de se progredir sem o mínimo de rasto para trás.

As fases de espionagem parecem algo limitadas já que basicamente passam pelo esquema avançar, parar, observar e... repete-se o processo. Os movimentos são vários e, naturalmente, neste género de jogos, passam pela capacidade da nossa personagem se recolher, saltar e até deitar ao comprido em pontos que facilmente descobrimos. A execução destes movimentos não é complicada. Depois de várias tentativas e com mais de vinte minutos em cima do comando é fácil dominar o esquema. Além disso, para qualquer dúvida, há sempre um guia, ilustrado, que explica tudo o que é preciso.

Não obstante alguns problemas de ângulo de visão, pois para além de controlarmos a personagem, temos ainda que rodar a câmara que o persegue, aquilo que de início parece uma progressão repetitiva e até facilitada pela observação atenta das áreas, torna-se, com base na insistência, num processo que dá os seus frutos por causar aquela sensação de avanços sucessivos sem qualquer identificação. Bem que podemos estar numa fase que parece tranquila e relativamente fácil, quando num certo momento, os inimigos abrem uma porta dirigindo-se para o ponto onde estamos e nesse instante temos de elaborar um plano imediato de fuga ou ponto de esconderijo. Nem sequer há necessidade de combate, só avanço baseado na percepção das áreas.

Mas também há muitas indicações oferecidas pelo jogo e basicamente uma linha pre-definida de evasão. Seria mais interessante conhecer vários planos de acesso com diferentes combinações e dificuldades. Vampire Rain, na demonstração, é ainda bastante limitado graficamente. Algumas áreas internas são de uma pobreza notória podendo levar muita gente a crer que este é um jogo situado no meio de duas gerações de consolas. Tendo cenários mais elaborados e com mais objectos seria também um desafio para os produtores do jogo, já que assim teriam a possibilidade de alargar os desafios e tornar os cenários mais apetrechados com objectos susceptíveis de interacção.

A questão que fica após jogar a demonstração é: justifica-se a aquisição deste jogo? A preço de produto novo não me parece. Numa compra usada, inferior a trinta euros e sendo adepto de jogos que envolvem uma certa componente de acção a par de uma estrutura similar a jogos como MGS4 ou Splinter Cell, poderá haver lugar a aquisição.