Old School Gamer

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quinta-feira, junho 01, 2006

V for Vendetta - A Wachowski Redemption


É verdade, a magia que nos marcou com "The Matrix" e que nos envenenou com as sequelas, encontra-se aqui, e bastou apenas mudar de Universo e transmitir novas ideologias para que o par de irmãos mais conhecidos do Cinema fizessem das suas.
A História é um argumento adaptado por parte dos W Bros., de uma Graphic-Novel da Alan Moore e David Lloyd da Vertigo Comics.
E não há muito mais a dizer que, o filme reune qualidades exelentes e medianas, mas desta vez a exelência do filme vêm da sua parte mais importante e que sempre foi a razão da existência dos filmes dos W Bros., o enredo exelentemente adaptado e com um compasso de história acção muito bem definido, as personagens, Natalie Portman como "Envy" sempre "deliciosa" de se ver no ecrã e de chorar por mais, e Hugo Weaving, como o protagonista principal "V", espetacular na sua representação corporal atrás da mascara e com um tôm voz tão convicente que nos ajudou a acreditar na personagem que cria, apesar da falta de presença fisíca do mesmo.
Os pontos fracos podem ser lidos da critíca de Nuno Markl que eu concordo plenamente:

"
V DE VINGANÇA podia ter sido uma obra-prima, não tivessem os Irmãos Wachowski entregue a sua realização a um colaborador com muito menos talento do que eles. James McTeigue foi assistente de realização na saga MATRIX e, enquanto realizador, não está à altura nem da BD de Alan Moore e David Lloyd, nem do excelente argumento em que os Wachowski a transformaram. McTeigue não sabe filmar bem cenas de acção (exceptuando o massacre do clímax, que parece ter tido uma mãozinha dos próprios Wachowski), não tem nenhuma ideia visual forte e a maior parte do tempo filma V FOR VENDETTA com uma competência televisiva que não aquece nem arrefece. A sorte dele é que o resto do filme é tão bom, que acaba por ofuscar essas fraquezas.

V DE VINGANÇA, anunciado como um "blockbuster" de acção dos criadores de MATRIX, é no fim de contas uma fábula cerebral, não muito veloz e nem sequer muito cheia de sequências de acção. A certa altura, o vingador V, depois de sobreviver a uma saraivada de balas afirma: "Por trás desta máscara há mais do que carne e sangue; por trás desta máscara há uma ideia, e as ideias são à prova de bala". A frase acaba por funcionar como uma metáfora sobre o próprio filme: por trás da máscara de "blockbuster" (que aliás tem servido para promover o filme) há, de facto, muitas e boas ideias. E a verdade é que elas sobrevivem aos tiros no pé do realizador McTeigue."












No final, temos a sensação de obra cumprida, e que acabamos de ver uma das melhores adaptações de BD de sempre, pena não ter um sentido estético de BD bem transcrita do papel como poderia ter sido, assim estariamos diante de uma obra-prima. Tal como o "The Matrix" foi para o universo Cyber-Punk que vivia até então de barriga vazia a custa de "Blade Runner" e poucos grandes do genéro.