Old School Gamer

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quarta-feira, dezembro 20, 2006

Positivo e negativo da semana

Estou de volta à baila com o positivo e negativo do sucedido na indústria dos videojogos ao longo dos últimos dias. Quero deixar claro que esta consideração é sempre muito subjectiva e por isso bem que se poderia atribuir distinto relevo a outros sucedidos. Assim é natural que outras pessoas possam ter entendimentos diversos, aliás, tendo vontade, podem servir-se da opção comentários para deixarem as vossas conclusões.

Porém, esta semana, sinto-me inclinado para considerar como positivo o acordo que a Nintendo logrou com a Square-Enix que determina Dragon Quest IX como jogo exclusivo para a Nintendo DS.

É uma jogada de mestre (xeque-mate?) capaz de garantir novo impulso no domínio da Nintendo DS enquanto consola portátil favorita dos gamers. Certo que é apenas um episódio e não fica bloqueada a possibilidade de ports para a rival PSP ou mesmo para as consolas domésticas, mas esta "aquisição" só tem paralelo, a meu ver, em compras como a da Rare por parte da Microsoft. Akyro Toryiama já se associou ao clima de festejos e promete fazer um trabalho ímpar. Felicitem-se os possuidores de DS "phat" e Lite. Se este Natal parece satisfatório em matéria de novidades para a portátil pelo menos sobeja um grande motivo para continuarem a dar uso à máquina.

Como negativo escolho o diploma que pretende ser levado a aprovação na Alemanha pela mão dos estados da Bavaria e Baixa Saxónia que prevê um controlo mais apertado e restrito sobre os jogos que apresentem elevados índices de violência, impossibilitando-os de distribuição e comercialização, prevendo também medidas de punição que passam pela aplicação de pena de prisão superior a 12 meses para os retalhistas incumpridores do designado na lei.



Da Alemanha esta postura não é inédita. Este ano já assistimos ao caso Gears of War que culminou pela impossibilidade de comercialização do jogo da Epic, depois da entidade responsável pela avaliação do jogo entender que os níveis de violência explícita atingiam pontos altos.
Temos de reconhecer que em muitas situações os retalhistas não se preocupam em zelar imperetrivelmente pelas indicações das idades a que podem ser facultados esses jogos. Por vezes o pai, irmão mais velho, mãe, tio, é quem faz a compra mas só depois do braço puxado pelo menor que muitas vezes assiste ao processo de compra. É uma situação embaraçosa, não só porque convida o possível cliente a não compreender o sucedido e sair enraivecido do estabelecimento, mas também porque o retalhista contraria indicações que lhe são dadas por entidades com poderes superiores.
Contudo, e no meu entender, esta é uma parte reduzida do problema. A situação que merece maior discussão e análise é a educação a que os menores e adultos influênciáveis por práticas reproduzidas na televisão ficam sujeitos. Há múltiplos apelos, das mais variadas formas, não raras vezes influências familiares capazes de incentivar um jovem a determinada prática tida como censurável. Aplicar uma lei visando a prevenção geral e por essa medida conduzir à condenação do justo pelo pecador é uma forma célere e espedita para caucionar o problema, mas absolutamente incapaz de impedir a proliferação de comportamentos condenáveis enquanto revela mais um procedimento censuratório.