O "Big Daddy" desceu finalmente até cá, para junto dos jogadores, e fora do rodízio de reviews geralmente típico nos lançamentos eminentes, instalou-se alguma calma e serenidade para melhor discutir os pontos deste jogo não aliados exclusivamente a veredictos como "game of the Year".
Pessoalmente não deixei por acaso o filme Shining do Kubrik ali detrás. Há muitas semelhanças na forma como o jogador se integra nos cenários (afastado do mundo), assumindo o controlo de uma personagem praticamente indefesa, assustada com a escalada vertiginosa de acontecimentos, que num momento de desespero a levam a confiar cegamente em quase tudo.
Bioshock redefine e incrementa os videojogos enquanto medium aglutinador de áreas adjacentes como o cinema e a música, não sem deixar grande margem para progressão até porque este jogo/obra não é propriamente uma super-produção que envolveu milhões de dólares.
Com pouco fez-se bastante, e mais que um objectivo alcançado, o jogo vive sobretudo de momentos de elevada intensidade gráfica e narrativa. Com uma jogabilidade tecnicamente perfeita, a personagem (ainda não encontrei um espelho para lhe ver o rosto) ver-se-á refém de espaços diversificados tendo cada um uma temática subjacente, em conjunto, as mesmas que vemos à face da terra.
Bioshock é também uma divagação histórica, um descer à época pós segunda grande guerra, a partilha de um projecto colossal (Rapture - a sociedade promovida para o fundo do mar, liberta de constrangimentos, sem a figura omnipresente Estado ou Deus - na alusão ao Papa/Vaticano) sujeito aos riscos da aplicação da ciência para os propósitos do desenvolvimento humano. E da virtude, ou projecto virtuoso, facilmente Rapture desceu à decadência, à própria extinção.
Sem o hype de outras produções que a final se revelam incompletas e com falhas insanáveis prejudicando anos de desenvolvimento, Bioshock completou toda essa fase (e com bastantes precalços pelo meio) com o desejável amadurecimento pela experiência já adquirida de Ken Levine, chegando ao fim como uma obra praticamente insuperável nos objectivos a que se propõe.
Pessoalmente não deixei por acaso o filme Shining do Kubrik ali detrás. Há muitas semelhanças na forma como o jogador se integra nos cenários (afastado do mundo), assumindo o controlo de uma personagem praticamente indefesa, assustada com a escalada vertiginosa de acontecimentos, que num momento de desespero a levam a confiar cegamente em quase tudo.
Bioshock redefine e incrementa os videojogos enquanto medium aglutinador de áreas adjacentes como o cinema e a música, não sem deixar grande margem para progressão até porque este jogo/obra não é propriamente uma super-produção que envolveu milhões de dólares.
Com pouco fez-se bastante, e mais que um objectivo alcançado, o jogo vive sobretudo de momentos de elevada intensidade gráfica e narrativa. Com uma jogabilidade tecnicamente perfeita, a personagem (ainda não encontrei um espelho para lhe ver o rosto) ver-se-á refém de espaços diversificados tendo cada um uma temática subjacente, em conjunto, as mesmas que vemos à face da terra.
Bioshock é também uma divagação histórica, um descer à época pós segunda grande guerra, a partilha de um projecto colossal (Rapture - a sociedade promovida para o fundo do mar, liberta de constrangimentos, sem a figura omnipresente Estado ou Deus - na alusão ao Papa/Vaticano) sujeito aos riscos da aplicação da ciência para os propósitos do desenvolvimento humano. E da virtude, ou projecto virtuoso, facilmente Rapture desceu à decadência, à própria extinção.
Sem o hype de outras produções que a final se revelam incompletas e com falhas insanáveis prejudicando anos de desenvolvimento, Bioshock completou toda essa fase (e com bastantes precalços pelo meio) com o desejável amadurecimento pela experiência já adquirida de Ken Levine, chegando ao fim como uma obra praticamente insuperável nos objectivos a que se propõe.
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