Old School Gamer

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terça-feira, setembro 19, 2006


Setembro é por regra um mês de regresso à normalidade da vida quotidiana depois de um merecido tempo de férias. As pessoas voltam aos postos de trabalho, a escola arranca ciclicamente com temas satélites como os professores, a avaliação e acesso ao ensino superior, a economia nacional volta ao ângulo da discussão política em derivação dos resultados trimestrais, as chuvas regressam e a temperatura tende a baixar. Com Setembro fica para trás a "silly season" muito em voga em Agosto, motivada pela ausência de notícias verdadeiramente relevantes. Reflexo disso foi a pretérita semana muito influente e decisiva para a clarificação do lançamento das próximas consolas da Nintendo e Sony. Se esta última já levantou celeuma suficiente por adiar o lançamento da PS3 para Março do próximo ano, pelo menos a Nintendo manteve-se fiel à pretensão de levar a ex-Revolution, rebaptizada de Wii a toda a parte do mundo numa questão de poucas semanas. Serve como factor facilitador para este ensejo a reprodução de uma consola algo limitada tecnologicamente. Desde a E3 2005 os responsáveis nipónicos da gigante de Quioto clarificaram que a nostalgia prevaleceria sobre a tecnologia optando assim por criar jogos menos evoluídos tecnicamente relativamente ao proposto pela concorrência, muito embora beneficiassem de uma forma exclusiva de interacção, o factor primordial e decisivo na proposta da Wii. A farpa é mesquinha dirão alguns, mas a Wii também não se mostra para além que um chip turbo equipado numa Game Cube. Isto é um facto e já confirmado pelos altos responsáveis. Serve-lhes no entanto para produzir os 4 milhões de unidades que, nos termos do discurso de Reggie Fills-Aime, deverão estar disponíveis para mercado até final do ano, e ainda com suficientes quantidades quando a consola se estrear no mercado americano. Além desse número objectivo e determinado, refere a Nintendo que quinze jogos estarão à disposição dos jogadores tirando no entanto alguns doces como Mario Galaxy e Metroid Prime, fugidos para 2007. Zelda: Twilight Princess integra, por fim, o cabaz. Quanto a nós europeus, portugueses, teremos de esperar por 8 de Dezembro data que se espera a Concentra tenha atingido todo o processamento de distribuição nacional e seja capaz de manter os 250€ que a Nintendo determinou para a Europa. Poderemos ter entre 15 a 20 jogos para adquirir, algo que é verdadeiramente satisfatório pelas possibilidades de escolha e não ficarmos limitados aos jogos mais notórios ou publicitáveis com mais facilidade. O preço dos jogos é que não aquece nem arrefece. Prevê-se uma variação entre os 49 a 59 euros. Se por um lado é significativamente menor que o preço de um jogo Xbox360 ou PS3, também não devemos esquecer que os custos de produção de software será ligeiramente inferior ao cobrado pelos concorrentes. Como já disse uma vez, em termos comparativos, não há um ganho ou perda face ao que se paga neste momento por novo. Em resumo: por 250 euros, quase metade de uma Xbox 360 Premium o comprador de primeiro dia levará para casa uma consola Wii juntamente com o jogo Wii Sports - pelo menos não é obrigado a comprar software para garantir os primeiros momentos de diversão - com o comando Wii, um Nunchunk e outros acessórios para apetrechar e potenciar a experiência. Com recurso ao "Wii channel" um mundo de opções se dispõe diante do jogador. Desde a criação de um perfil a partir do qual poderá trocar fotografias e texto com outros utilizadores por entre uma abrangente panóplia de opções ao jeito das que a DS já nos vem habituando, como sejam as actualizações no software mesmo com a consola em estado de repouso. Contudo, o mais importante no Wii channel parece-me o "shopping", onde estarão disponíveis alguns títulos clássicos a preço moderado provindos não só da Nintendo, mas também da Sega e Turbo Grafx. Se um jogo NES deverá custar perto de 4 euros um jogo para a N64 poderá chegar aos 8 a 10 euros, podendo nem sempre estimular alguns jogadores que por recurso à emulação atingem os mesmos resultados sem gasto adicional. A diferença reside no licenciamento. Posto isto não há dúvidas que a Nintendo vive de boa saúde e parece em estado de recomendação. A Microsoft, em antecipação, já provara o ano passado que pretendia ir mais além na guerra das consolas. Fez um aceitável trabalho ainda que muitos compradores tivessem de aguardar meses para receber a sua consola, isto à margem das fraudulentas especulações no ebay. Mas a presença de Iwata nas conferências da semana passada, a intenção dos jogos disponíveis, um capítulo Zelda - uma marca - no dia de estreia da Wii, deixa antever confiança suficiente para um bom trabalho de distribuição e profusão a nível mundial. Um arranque dinâmico e profíquo poderá catapultar a consola para outros patamares de maior relevância e publicidade. Está aí pelos fóruns, no crivo dos seus utilizadores, o interesse em levar uma para casa. Mesmo que venha a ser para muitos uma segunda consola que completa a habitual experiência de jogo, veja-se que desta vez a tendência será mais de uma consola para uma da concorrência e não para duas da concorrência, já que os preços deverão assumir maior significado desta vez. Aguardemos agora pela TGS, a grande montra de videojogos no Japão, e com olho vivo para as novidades natalícias.

2 Comments:

At 8:36 da tarde, Blogger Starfox said...

A Nintendo pensa que têm um potencial nova DS em mãos.
A forma como a apresentou aos consumidores, totalmente contrária a sua nova ideologia de "money making" que se tornou agora, não sei em quanto compremeteu...

Não te esqueças que a diferença para fazer o salto para a Next-Gen, como já foi dita, é de 50€, e com um comando a custar 60€, não há desculpa em optar por um sistema "é mais barato" ... My Ass.

 
At 11:51 da manhã, Blogger bravojohny said...

A Nntendo tem uma nova consola fixa em mãos. Mas também não é justo equipararmos o suporte de uma consola portátil ao de uma fixa. São mercados de feições distintas com preços distintos.

 

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