Old School Gamer

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terça-feira, janeiro 02, 2007

O meu GOTY: Zelda Twilight Princess



Pensei e tinha ideias de ter afixado este post no último dia do ano passado para ficar dentro do período a que lhe corresponde, mas só hoje consegui passar para o Youtube os vídeos que gravei da introdução e genérico do Zelda Twilight Princess para a GameCube que é o meu GOTY.
Com mais de 20 horas de jogo e apercebendo-me da enorme dimensão da aventura, este é um dos jogos mais espectaculares e grandiosos dos últimos tempos. Por múltiplos aspectos. Zelda é uma lenda, como o próprio nome inscreve, e mesmo que possa ocorrer uma nítida sensação de "dejá vu" por referência a outros títulos congéneres, é como se nesta aventura tudo fosse novo, onde o herói está mais realista, determinado e expressivo. As feições do rosto dos habitantes, as expressões, os detalhes, o regresso da Epona cavalgando nas pradarias de Hyrule, a beleza, alcance e imponência dos cenários, as transições, a profundidade das masmorras e objectivos paralelos, tudo isto representa uma boa súmula da herança Zelda enquanto acrescenta um incremento brutal no grafismo, arte e até na música.
Por outro lado, a sensação de aventura pontuada por perigos, estórias antigas e lendas de cavaleiros adquire um tom mais romântico, lírico e poético. Zelda repete muitos dos conceitos, mas finaliza-os com conteúdo e rigor que um épico sempre merece. Os gráficos não são propriamente do melhor que vi para a GC, mas ultrapassando o carácter experimental de Zelda Wind Waker, este TP vai ao encontro do que muitos fãs esperavam da série. A transição da fase humana para besta ou vice-versa arrebata pela imaginação e pelo idealismo que atravessa Hyrule, um reino e a sua princesa. Quando transformado em lobo e entrando na Twilight a exploração das capacidades e instinto de um animal selvagem é bem conseguida, acrescentando outro tanto à vertente humana, plena de acções heróicas.
Zelda TP devolve e transporta-nos para um idealismo, uma representação de ideias, viaja no tempo e bebe de muitos percursos da série, sem nunca descurar aquela jogabilidade encadeada e plena de retorno. Há uma maturidade adicional patente no Twilight, sempre sombrio, taciturno e sem vivalma, como se aqueles cenários estivessem dentro de uma redoma tomada nas mãos por uma criatura maquiavélica.

Enquanto lia o fórum NTSC, encontrei no tópico Zelda, uma opinião sobre este jogo, da qual estou plenamente de acordo e como tal aqui a cito:
"Indeed, it is at heart a Gamecube game, but even if it wasn't i would still say it was visually superb. I don’t believe games need to be super realistic or dripping with bump mapping etc to look nice, and I’m not saying you do too, but I feel Twilight Princess’ artistry, sense of mystical wonder and almost hauntingly atmospheric presentation creates a beautiful world – alive with character, charm and creativity."



P.S - aqui ficam dois vídeos que capturei directamente do jogo. A qualidade ainda não é da melhor, mas ficam ao dispôr as duas introduções do jogo.