Old School Gamer

Blog feito por "Gamers" da velha guarda para todos os intressados no assunto. Actualizado sempre com impressões, análises, e notícias de grande jogos que o são, ou, que o foram. Não perder também a componente de Cinema, música e outros entretenimentos.

sábado, dezembro 30, 2006

Retrospectivas

Enfim, está a chegar ao fim mais um ano e outro já está prestes a começar com muitas novidades para alegrar os entusiastas dos videojogos. Temo mesmo que 2007 possa ser mais entusiasmante em termos de jogos e consolas da próxima geração que é cada vez mais esta e não a próxima. Vamos ter uma PS3 na Europa para Março com toda aquela áurea de efervescência de uma máquina nova, controversa e capaz dos mais belos cortes gráficos. A Xbox360 deverá receber grandes jogos de qualidade incrementada e cariz diferenciador e da Wii poderemos receber alguns clássicos como Mario Galaxy e Metriod Prime 3. Por mim enquadraria a consola numa perspectiva mais imprescindível se fossem anunciados projectos originais exclusivos realmente aproveitadores do wii remote. Acredito que depois de Zelda as produtoras sejam capazes de perceber o potencial a explorar.

Mas, do ano que passa, atravessei algumas experiências absolutamente fenomenais, que em jeito de revisão, e pulando para os momentos mais marcantes relembro aqui.



Sou retrogamer confesso e assíduo. Ainda que os jogos actuais estejam mais definidos, imersivos e amplos há um grande fascínio por aqueles gráficos redutores, primitivos e representativos de um estado inicial da indústria onde radicam grandes ideias e cuja aplicação contemporânea ainda se faz sentir. Nesta secção do retrogaming há quem prefira pesquisar indiscriminadamente ou colher só para encher o saco. É verdade que muitas vezes há oportunidades que não se podem recusar, mas regra geral pesquiso apenas alguns jogos do meu interesse. Daí aproveitei o começo do ano e algumas investidas no ebay - o único mercado electrónico de videojogos onde se vende tudo e aos mais distintos preços - para pesquisar a mítica Neo Geo, uma das máquinas por que tenho mais fascínio especialmente pelos deliciosos gráficos que teimosamente tendem a não perder carisma nos dias que passam. Na época foram copiados para formato cartucho - pesadão e enorme - muitos dos êxitos das máquinas arcada Neo Geo. Ainda tenho na mira e procuro pelo menos um Metal Slug e Garou para começar a fechar a colecção.

Neste segmento a Sega Nomad revela um potencial interessante. Aceita a maioria dos cartuchos da Mega Drive Pal e reproduz com a mesma qualidade das consolas fixas. As dimensões anormais para os termos comparativos de uma portátil actual trazem à memória a passagem pela Sega nas portáteis. Mesmo com esse tamanho extra, jogos como Streets of Rage, Ghouls 'n Ghosts e Sonic são perfeitamente jogáveis do princípio ao fim.

Dentro das portáteis há também lugar para a DS Lite, a máquina de fazer dinheiro da Nintendo. No Japão arrasou durante estes dias de Natal, enquanto se afasta vertiginosamente da rival PSP, alargando o fosso graças a jogos como Animal Crossing, Brain Training e New Super Mario Bros. As valências são muitas e há um conjunto de jogos que merecem sempre a melhor atenção. Um deles, o Ouendan, até já foi apresentado aqui no blogue num vídeo que gravei para o You Tube. A maior lacuna da máquina até ao momento não é a quantidade de jogos que está á disposição do jogador, mas antes os poucos que são capazes de aproveitar ao limite o picar do ecrã táctil. Mesmo os Wii Sports e Wii play da wii revelam que neste caso de especifidades é mais fácil fazer mini-jogos em detrimento de outros títulos mais trabalhados visual e esquematicamente precisamente por ser mais complexa a tarefa de adaptação às especifidades da máquina.

Mas o melhor momento do ano tem a assinatura do Xbox Live, que juro, estava longe de compreender e perceber quão fantástico é, quando a 16 de Outubro fui à Media Markt aproveitar a promoção da Xbox Premium. Muitas pessoas aproveitaram a ocasião e hoje comentam positivamente o acesso ao convívio mundial com outros jogadores por via dos muitos títulos que abraçam as funcionalidades online.
Podem considerar a máquina barulhenta e como tendo alguns problemas de registo de avaria, mas que neste momento dspõe de grandes jogos que possibilitam horas e horas de jogo, sem deixarmos de ter em conta a lista generosa de títulos previstos para o próximo ano, é um facto que ninguém pode negar. Acho que não há grandes incertezas para o futuro. É patente o apoio de companhias nipónicas e mesmo que muitas das suas produções possam passar ao lado do mercado asiático - como está a suceder com Lost Planet - há pelo menos a certeza de boas posições nas tabelas de vendas do ocidente. Possa esse apoio servir à produção de mais jogos, originais e com boas funcionalidades para exploração no Live.
A comunidade de jogadores portugueses ainda é restrita, mas esta tarde passei umas boas horas com outros jogadores nacionais no PGR3. Fiz-me de host. Em pouco tempo entrara um português e sucessivamente fomos chamando outros para participarem connosco numas corridas. Fizemos imensas corridas com seis jogadores e ainda tivemos de convidar a sair um jogador estrangeiro, que devido ao lag, afectava as nossas corridas.
Gears of war é de momento um dos títulos mais apreciados para jogar no Live. Podendo participar no máximo até 8 jogadores por partida, divididos em duas equipas de quatro, são tantos os momentos de jogadas imprevisíveis e combates, muitas vezes mais renhidos e interessantes que o modo principal.
Concerteza que todo este bom resultado do Live se deve ao mérito da Microsoft cuja experiência no sector é alargada e mérito lhe seja concedido pelo excelente sistema de acesso cujo uso se faz com imensa simplicidade, enquanto nos patenteia com muitas demos para descarregar, mini-jogos e outras funcionalidades.
O meu mês gratuito de acesso ao Live está a expirar, mas o lema é de continuidade. Em equipa que ganha não se mexe. Para mim, de tudo o que tive contacto este ano nesta indústria, o melhor é mesmo a Xbox 360 e o acesso ao Live.