E que tal as últimas novidades?

Sim, há muito que já não passava por aqui. Deixei temporariamente as actualizações muito por força de outros imperativos que manifestamente se incompatibilizaram com o tempo que cada teria de gastar à frente do monitor deste portátil.

Uncharted

De qualquer modo hoje é um dia assinalável. De manhã cedo a minha PS3 acabara de efectuar o download da demonstração de Uncharted e assim sobraram motivos para acorrer imediatamente à consola e dar conta de um dos melhores jogos para o período natalício que terão à disposição os utilizadores da PS3.

A demonstração é bastante boa, mas não permite perceber inteiramente qual a direcção final do jogo. Ainda assim é fácil distinguir 3 vertentes muito sólidas. Por um lado uma componente de exploração que lembra jogos como Tomb Raider no recurso aos saltos e outros elementos do cenário cuja descoberta é essencial para a progressão. Depois a parte do combate aberto junto de inúmeros inimigos que surgem de todo o lado e por fim a técnica de refúgio atrás de rochas e paredes para contra-atacar os inimigos, muito na base de Gears of War, embora as semelhanças entre os dois jogos residam fundamentalmente nesse aspecto. A partir daí Uncharted parte para uma outra narrativa, na qual a nossa personagem é vista inicialmente a tripular uma avioneta em direcção a uma ilha, onde estará ocultado um misterioso tesouro.

Os pormenores da trama ficam para outra altura. Mas o que vai estalar no ouvido é a conversa em português logo de início. A localização daí para a frente é boa e tem qualidade, mas no decurso dos combates as expressões soam algo repetitivas, embora nada de preocupante.

O grafismo é um luxo, para mais num cenário verde, paradisíaco, com um fantástico contraste. E nisto a frame rate é muito estável. As texturas são muito boas e não vislumbro ali recurso a técnicas para suavizar a elevada renderização. O motor gráfico é mesmo do melhor. A física de jogo também parece muito consistente se bem que a personagem poderia ser algo mais pesada. Fica a impressão que é muito "levezinho" a trepar paredes.

Não levará muito tempo até acabar a demo e ficar a desejar por mais. A maior parte do tempo perde-se nos combates, difíceis por vezes, mas desejo que no produto final haja uma boa articulação entre exploração e combate. Uncharted permanece como uma das grandes esperanças para a PS3 passar o período de Natal, não esquecendo as localizações, factor de aproximação às comunidades de jogadores, principalmente em Espanha onde as dobragens são levadas muito a sério.

A demonstração termina em pouco mais de 15 a 20 minutos de pausada exploração. À parte outros factores que só poderão ser devidamente ponderados a final, é possível garantir que em termos gráficos o jogo está na linha da frente. A cena inicial é de uma realização bastante cnematográfica com rostos das personagens muito detalhados e expressivos.
Se a impressão inicial é boa, só falta dar sequência até Dezembro, quando o jogo chegar às lojas.

Sega Rally

Arrisco-me a dizer que é o melhor jogo arcade de automóveis do século XXI. Incrível como por detrás de uma fórmula simples, que poucos tendem a levar a sério, se esconde um jogo absolutamente viciante e de um gozo incomum. É verdade, o segredo deste jogo está na aderência e inércia. A forma única, um prazer que é fazer deslizar com mestria as potentes bestas de rally (de várias categorias) ao longo de fabulosas pistas de índole diversa como terra batida, lama, cascalho e neve espessa com efeitos notórios na deformação do percurso, aspectos totalmente conjugados em cada corrida. A dificuldade das corridas em single player, lá para o final obriga a rodar nos limites colocando pé na tábua, fazendo desta uma experiência única.
Isto é o Mario Galaxy. 12 anos depois Sega Rally sofre uma revolução e usurpa o que de melhor a presente geração de consolas tem para oferecer.