Old School Gamer

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sexta-feira, setembro 22, 2006

Jogos a oriente - a internacionalização

Agora que a TGS está em curso e sobejam 3 meses para a época natalícia concerteza a Microsoft não quererá enjeitar a possibilidade de superar a pouca estima que os japoneses guardam pela Xbox360. Um pouco como sucede na Europa e EUA o povo japonês solícito às experiências gráficas e sensoriais tende a investir os seus salários em dobro, as oferendas de familiares e padrinhos nas novidades jogáveis mais recentes e explosivas. É uma época dourada para incrementar as vendas e solidificar posições nas tabelas. Ciente dessa necessidade e considerando o péssimo arranque da 360 em Dezembro do ano passado, cujos valores ficaram abaixo da marca obtida pela predecessora Xbox no mesmo espaço de lançamento, as apostas da Microsoft na TGS passam pela produção interna com recurso a alguns dos mais conhecidos produtores como Hironobu Sakaguchi cujo aprontamento para breve de Blue Dragon, Lost Odyssey e Cry On se perfiguram imprescindíveis para garantir algum do sentimentalismo bombástico, definição e estrutura artística que o criador da série Final Fantasy sempre foi capaz de descrever.
Com Kieji Inafune expressando largo entusiamo pela máquina da Microsoft bem notório em Lost Planet: Extreme Condition e Dead Rising, a continuidade de Resident Evil 5 como multiplataformas (PS3 e Xbox360) cataloga o primordial apoio da Capcom, uma das produtoras nipónicas mais internacionais. Namco, Mizuguchi, G.Rev e AQ Interactive permitem perceber até que ponto a Microsoft se apercebeu da necessidade de assegurar a presença da consola no mercado japonês enquanto faculta, em regime de exclusividade - cada vez mais temporária depois de ficarmos a saber esta semana que a Tecmo está a desenvolver um Ninja Gaiden para a PS3 - mais produções nipónicas dos produtores que poderemos apelidar de internacionalizados por conhecerem a estrutura de um jogo vocacionado para consumo interno, mas apto para pular nas tabelas europeias e americanas.
O "case study" da concorrente Sony nem precisa de assentar em qualquer Final Fantasy. Dragon Quest VIII, o primeiro de uma série culturalmente japonesa e com distribuição mundial, bastou para chegar aos tops americanos, espalhando vocação por toda a europa, em particular na França com várias semanas de liderança. A mesma estrutura de equilibrio de mercados, de recolha de grandes talentos internos e estrangeiros é copiada agora pela Microsoft, numa via de reverter a situação a oriente enquanto propõe escolhas com garantia e incremento a ocidente. Lost Planet e Blue Dragon concerteza não deixarão os japoneses indiferentes, mas inclino-me para assistir ao justo premiar destas obras no mercado europeu e americano sempre disponíveis.
Não que estes jogos passem despercebidos no Japão, até poderão justificar uma subida de cotação da Xbox360, mas fico convencido que o sucesso destas obras deverá passar pelos mercados ocidentais, nem acidentais. Não porque se trate de jogos mal fabricados, com vícios ou inadaptados às preferências dos jogadores japoneses, antes por se tratar de escolhas que requerem uma consola da Microsoft. Também não ficarei surpreendido se após a entrada da PS3 na rotina do mercado, alguns gurus destas editoras antes enunciadas apostarem na multiplataforma disfarçada de remake, ou "spin off", eles conhecedores do possível efeito PS3 enquanto consola de matriz interna e fixa.

(este post é publicado com sérias dificuldades de acesso à internet. Vírus atolam o PC, prejudicando-o. Conto passar para internet no mac em breve. :P)