Porn time - GT HD 2.0 demo (PS3)
Isto vem a propósito da demo do Gran Turismo HD para a PS3 que já se encontra disponível para download, na versão 2.0, desde a última sexta-feira e só vem confirmar que temos em mãos uma demonstração de um Gran Turismo 4.5 (ou 4.7 quando aparece o Ferrari) que tem de ser melhorada bastante para então se atingir um Gran Turismo 5 adequado a devolver novo fôlego à série catapultada para o êxito pela mão da Polyphony Digital com os dois primeiros números para a Playstation.
GT HD é uma demonstração bastante limitada em termos de pistas - muito mesmo - mas para compensar essa falta concede ao jogador dez veículos, dos quais só metade são realmente rápidos e entusiasmantes, podendo o leque ser alargado para o dobro (os mesmos carros, mas com especificações motoras melhoradas e outras cores). A pista extende-se por verdes prados alpinos, sinuosa quanto baste com curvas rápidas e outras mais fechadas.
Graficamente (lá está!) demarca-se sensivelmente de GT4. Há marcas de asfalto rachado nas pontas da estrada, efeitos do sol no pavimento, público bem recreado e renderizado sendo particularmente visível nas repetições, altura que permite apreciar quão belo é um Ferrari a circular numa tarde de sol. O condutor do veículo está mais visível, movendo-se com as sacudidelas do carro. Os modelos automóveis surgem mais polidos, sólidos e brilhantes igualando as imagens que gostámos de ver dos automóveis topo de gama em andamento.
Quanto à condução propriamente dita, não há grandes novidades perante o conehcido da série. Os primeiros automóveis como Suzuki Capuccino ou Mazda continuam muito lentos, agudizando esse aspecto se a opção for pela visão exterior. Mesmo os carros rápidos como o Ferrari ou Mitsubishi Evo IX ficam excessivamente lentos nas curvas, derrapando por tudo e por nada, mesmo que se faça uma curva a 40 Km/h, algo que não é compatível com a realidade e se pela presente demo há uma aproximação ao estatuto de simulação, bastante tem de ser revisto.
A melhor forma de aproveitar a linha de trajectória ideal e até controlar as sacudidelas do carro é através da visão interior que permite abordar melhor as curvas mas também garante uma sensação de velocidade mais apurada.
Em termos de opções não há grandes novidades e poder-se-à dizer que depois de desbloqueado o modo drift (exige domínio nas curvas para melhor compensação) sobra tempo para olhar a tabela de tempos on-line e tentar inserir as voltas mais rápidas na lista ou igualar o impressionante tempo de um minuto e vinte e cinco segundos a bordo de um Susuki Capuccino.
De um modo geral sente-se alguma desilusão nesta demo para quem estava à espera de um corte face ao legado da série. Mas se atentarmos no nome do título percebe-se que a demonstração mais não passa que uma transposição de um GT4 para a alta definição e uma novidade em torno dos Ferrari que num GT5 deverão marcar presença.
Só que mais que essa contratação é imperativo melhorar a jogabilidade, torná-la mais aliciante e divertida, acrescentando mais velocidade à corrida. No fundo uma nova física de jogo sob pena de estagnação da série que só redundaria num desperdício de tempo e capital.