Old School Gamer

Blog feito por "Gamers" da velha guarda para todos os intressados no assunto. Actualizado sempre com impressões, análises, e notícias de grande jogos que o são, ou, que o foram. Não perder também a componente de Cinema, música e outros entretenimentos.

quinta-feira, junho 29, 2006


O verão está cada vez mais a fundo nestes dias quentes em que é difícil circular de tarde, e à noite até daria para dormir ao relento, contando constelações, enquanto desdobro a DS para jogar novidades sem ter luz acesa ao meu lado.
É um pequeno retângulo branco, fazendo-me lembrar aqueles pacotes de wafers que conheci inicialmente nas mercearias, com 4 ou 5 bolachas todas acamadas.
Não obstante, amanhã é dia de eleição para qualquer adepto da série Mario. Rebenta o novíssimo New Super Mario Bros na europa, o jogo que em pouco tempo no Japão já está relativamente próximo dos dois milhões de unidades despachadas das lojas.
Nesta altura de anseio e vontade de descoberta, porque não recuperar um dos títulos, na verdade o primeiro da série que joguei na velhinha consola tijolo, o Game Boy, de ecrã com efeito lodo; verde, cinzento e amarelado, em função do ajuste que era pegado no botão de contraste.

Este cartucho foi responsável por longas horas de jogo enquanto conhecia a personagem, a princesa raptada, as tartarugas, mas sempre a talhar pela jogabilidade, irrepreensível e severa quando preciso. Está nele a semente de mundos sempre espantosos com armadilhas, ratoeiras bem montadas, zonas secretas, grandes tesouros, cogumelos, bolas de fogo, saltos pulos, moedas, pedras, aranhas, invencibilidade, quedas, música tilintante. Tudo volta a ser repetido com a mesma simplicidade.

Aquela que satisfaz em cada capítulo, mesmo que os recantos de Mario Sunshine não sejam deslumbrantes, o pacto da transição de Yoshi's Island para Mario 64.

Mas isto não é uma review ou preview. São apenas umas raspas. Quando for para algo mais completo e preciso eu aviso.

segunda-feira, junho 26, 2006

A vida social de Animal Crossing

Transforma-se numa rotina diária de tarefas e fazeres quotidianos do mais simples e básico à estrutura ângular de uma vivência em comunidade, em democracia, neste planeta rotativo, sem gravidade. Tudo é cuidado ao pormenor, desde a hora em tempo real ajustada, se quisermos, ao relógio da consola. A data é também a mesma. Estas pequenas definições proporcionam a realização de eventos para alguns dias como a pesca ou variados trabalhos. Este jogo é tipo um "big brother" mas amplo e em constante mutação. O planeta torna-se, a seu tempo, um reflexo das nossas escolhas; tudo muito sweet, simpático e cordial.
O grafismo é acentuado e vistoso. Com a stylus no dedo movemo-nos para qualquer lado sem dificuldade.

sábado, junho 24, 2006

Bem-vinda!

É com esta exclamação de saudação que me dirijo à minha nova portátil da Nintendo. Efectivamente esta é a terceira portátil da Nintendo que adquiro, não obstante ter vendido, cerca de ano e meio após a compra, a GBA.
Esta escolha foi ponderada, pensada e articulada com as várias ofertas que o mercado permite aceder neste momento.
Há dias, em conversa com outro colega aqui do blogue, o Kanugo, confidenciara-lhe que estava perto de comprar mais uma consola, mas o desenho irresistível da nova DS Lite associado à escolha do branco vidro em conjugação com a lista de jogos entre os quais outros vindouros como New Super Mario Bros, Yoshi's Island 2 e uma outra série de factores já muito discutidos no fórum pesaram na escolha.

Aproveitei o dia nebuloso e arranquei cedo para o Porto. Viragem para a Boavista em vista de boas novas sobre a Edge de Julho na Bertrand Brasília. Má opção, em dia de S.João estavam as montras apagadas e lojas encerradas. Fica para a semana.
No norte-shopping a fluidez de sábado de manhã. Périplo em passo rápido pelas lojas dedicadas a videojogos. 1 dia após o lançamento na europa da DS Lite estavam todas com reservas e stock suficiente para quem estivesse determinado a arrancar com uma para casa.
Isso sucedeu comigo quando vi o pack DS Lite+ Animal Crossing a um preço muito em conta.

Mas outros afazeres e ditames sujeitaram-me o final do dia para observar com tranquilidade a nova portátil. Como já tive oportunidade de referir no fórum Insert Coin estou convencido, enquanto testemunha, que a Nintendo trilha por uma nova "ideologia". Em termos de máquina "de per si" estão afastadas quaisquer referências de cariz "childish" como cores várias na consola ou outras referências habituais entre o público infanto-juvenil. Com a nova decisão de alargar a sua oferta a qualquer pessoa, jovem ou idoso, socorreram-se de um desenho arrojado, mas igualmente suave e sério quanto aos fins. Abrir a DS é como desfolhar uma espiga, tirar o papel de um bombom, ou seja, o que virá dali?! Mas logo que vemos o duplo ecrã é impossível deixar de ficarmos fascinados com as potêncialidades que dela emergem. Os botões A, B, X e Y arrumaram-se ordeiramente à direita do ecrã enferior. O d-pad à esquerda é acedível com facilidade e manobrável do mesmo modo. No global a ideia que fica acreca da transição da NDS para a NDS Lite é que os responsáveis da Nintendo optaram por dar um banho à consola enquanto reordenaram as posições de alguns botões e outra interface em benefício de uma estética mais atraente e até convincente.

Vou-me bastar por aqui porque o carregamento inicial da bateria está a findar e ainda quero descobrir um pouco acerca do Animal Crossing.

quinta-feira, junho 15, 2006

I am 8 bit

The Mourning of the Princess
por Ryan Bubnis
acrylic on wood, 8x10
.
artist website:
http://www.ryanbubnis.com/

é a estreita ligação da arte aos videojogos e não videojogos como pretensa forma de arte.
É uma expressão que muitos artistas não querem deixar de escapar, na representação que fazem dos múltiplos ícones que se estendem pela década de 80.
Transcrevo o Manifesto deles, disponível no site. Lá podem encontrar de tudo. Desde trabalhos concluídos para venda até loja online para aquisição de livros, t-shirts, tudo alusivo à época das moedas tilintantes nas máquinas das arcadas ou quando uma série de pixeis difusos e mal amanhados faziam o recreio dos fervorosos jogadores, fixos diante de uma janela de vidro quadrangular.

"i am 8-bit is the voice of a generation that refuses to let polygons beget pixels -- the power-up that is our youth. i am 8-bit is the pillow that old-schoolers rest easy on -- the comfort food that makes us fat on bleeps n blips."

I am 8 bit

Edit: Depois de pesquisar encontrei esta afirmação do autor Ryan Bubnis que pintou o Link que vêem na imagem:
"so I thought it would be funny and interesting to revisit Link years after his defeat and see how he was coping with the loss"
Neste caso o autor inspirou-se na ideia de não ter sido capaz de salvar a princesa na vida real, na consola.



Aqui fica uma interessante análise à portátil renovada da Nintendo, a DS Lite. Com boa sonorização e qualidade gráfica aceitável, o autor desta review apresenta aquilo que podem esperar quando tirarem a consola da caixa.

Gradius - NES

Comprei este jogo na Cash Converters de Coimbra, seguramente há uns bons 3 anos. Custou-me a disparatada quantia de 2,5 euros. Com caixa, gasta de uso, embora sem manual - perda irreparável - faz parte daqueles cartuchos que levo à consola para uma "shootery", como diz o grande Jeff Minter, cada vez que conecto a consola à TV.
Com scrooling horizontal, Gradius é um shooter difícil para acabar, sejamos claros. É preciso paciência. As balas dos oponentes alinham-se na direcção da nave, rápidas, provindas das mais diversas localizações, mas a jogabilidade embala ao ritmo dos power ups escondidos pelos cenários, adequados ao apetrechamento das capacidades da máquina, tronando-a por vezes invencível!

quarta-feira, junho 14, 2006

Venda de algum património

Hoje decidi colocar à venda alguns dos meus jogos para a PS2 e GameCube. É uma parte muito reduzida e demarcada da minha colecção que admito deixar escapar. Esses jogos já me satisfizeram as necessidades lúdicas, mas como não os tenho por essenciais à minha colecção, nem sou partidário de colossais prateleiras repletas de jogos sequênciais só para engordar, género antas, prefiro submetê-las a títulos marcadores de um estado da arte, verdadeiras testemunhas da indústria.

PS2:
FFX, Burnout 3, Ace Combat 4 e Lego Star Wars.
GameCube:
Tales of Symphonia.

segunda-feira, junho 12, 2006

Yak's Progress - Jeff Minter

Enquanto leio na paz da noite algumas colunas da Edge, detive-me recentemente na crónica de Jeff Minter, estreante na publicação.
A dada altura quando aborda a temática da reutilização de franchises antigas , define a meio do texto o tal conceito de retrogaming:

" I think what a lot of us have missed, and also what draws people to retrogaming, is not so much the old games themselves (enjoyable though playing emulations can be, in the end the only absolute best of them can stand up to the rose-tinted specs coming off in front of 50 inches of plasma) but the near-extinct format that they exemplify.

Sometimes you don't want to play a great, overarching epic; sometimes you just want a few minutes of old-school shootery goodness with accompanying high-score tauntery with your mates,(...)"

A esse conceito espero voltar mais tarde quanto a uma tentativa da sua definição, mas afigura-se-me importante colher matéria concreta sobre o tema.

Guia de compras para a DS Lite



E sabendo como já falta pouco para a renovada consola portátil da Nintendo se estrear por toda a Europa, os produtores do site 4 color rebellion propõem um catálogo dos melhores jogos que poderão escolher para a DS Lite caso tenham vontade de ter uma no lançamento, entre outros assuntos como características da consola, etc...

4cr Presents: The DS lite Buyer’s Guide (PDF)

4cr Presents: The DS lite Buyer’s Guide (Flash)

sexta-feira, junho 09, 2006

Okami - PS2, opinião (temática pós-E3)

-E o jogo sempre lá esteve, solicito, à mão de semear!



Entretanto o ilustre e sempre misterioso forista do Insercoin, o Mandalorian, já provou mais uma receita da Capcom, desta vez pela mão da Clover Studio - o mesmo de Viewtiful Joe. Agora com Okami, esta já deve ser a terceira vez que volto a fazer referência a jogos da Capcom, seguramente em reflexo da posição estrutural que a empresa ocupa na indústria.

Palavras de quem sabe e que transponho com a devida autorização:

Toda a artwork, musica e história do jogo respira Japão. Gráficamente faz lembrar Viewtiful Joe, só que este parece ter sido mais pintado sobre um papel dando um excelente efeito gráfico ao jogo, e depois é claro a perspectiva de jogo e cenários são diferentes. Existem muitos pormenores gráficos que estão sempre a lembrar-nos que o jogo é um quadro vivo.A nivel de jogabilidade está excelente, mais fácil de jogar com Amaterasu era impossivel, e a camera de jogo nunca atrapalha, sendo ajustável manualmente através do analógico R3, também é fácil de executar os movimentos do lobo. Por exemplo se carregarmos no R1, a côr do ecrã fica diferente e aparece-nos um pincel onde poderemos executar com facilidade certas acções. Desde a criação de pontes, a rios, ou então cortar àrvores,cortar frutos, matar inimigos, ou ainda mudar da noite para o dia, para que tal aconteça é só desenhar um sol no céu, etc, etc, ao longo do jogo o pincel vai ganhando novas funções. Os puzzles onde é utlizado o pincel dão a ideia de que este jogo numa NDS sentiria-se como peixe na àgua. A nivel de dificuldade o jogo parece ser bastante acessivel, temos sempre uma pequena criatura que nos dá dicas sobre o que havemos de fazer. E os inimigos até agora não me pareceram nada dificéis.Outro destaque vai para a musica muito boa e sons tipicamente japoneses, dando ao jogo todo aquele ambiente mitico.É um jogo que recomendo a todos. Então quem gostar da cultura japonesa vai adorá-lo. Ah outra coisa...o jogo é muito bom, mas quem espera por acção a dar cum pau pode esquecer, trata-se de um jogo de aventura e como tal é um jogo mais relaxante, contendo bastante texto.

Data de lançamento na Europa prevista para Setembro.

Os Dias Finais de Final Fantasy


Qual?

É o que nos vêm a cabeça quando nos referimos a esta Saga, e não é o nome, mas sim o numéro da iteração que a representa.
Poucas são as Franchises na indústria que sobrevivem sequelas após sequelas e Final Fantasy é uma delas, mas tal, até um determinado ponto. A Saga tinha até á uma decáda atrás uma posição forte no mercado como o jRPG que mais vendia quando saia, devido a sua particularidade de "Stand-Alone" para cada sequela com apenas remniscências de nomes e algumas personagens chave, mas a concorrência têm vindo a tornar-se cada vez mais forte, e esta têm vindo a viver do nome para "Spin-Offs", uns atrás de outros, e lançar uma vertente Online, de tal modo, que o Jogo Principal, tende a perder algum mediatismo. Será que esta Saga enfrenta a prova do início do fim com a sequela XIII.
Será que os dias finais de Final Fantasy estão a chegar, por fim, a uma conclusão por estagnação/mercado?
O tempo e sucesso o ditará...

Quando a internet falha pouco há a fazer. Anteontem foi o blogger que esteve de folga para efeitos de manutenção. Ontem à noite ainda estava muito lento a abrir, invariavelmente fechando a página.
Agora é o fórum Insertcoin que está "de baixa" e não abre. Precisava de extrair de lá uns textos e presumo que não o farei nesta vaga de tempo disponível que se me abateu esta manhã.
Coisas complicadas.

Edit: o Insertcoin já está operacional, mas também vou ter de sair. Actualizações para mais tarde.

E que começe a verdadeira festa do Mundial


Boa sorte Portugal!!!!!!!!!!

terça-feira, junho 06, 2006

Loco Roco - opiniões de jogadores

No fórum Insertcoin, o utilizador Manny-Calavera define assim Loco Roco:

"Acabei agora de jogar a demo do Loco Roco, e este jogo é sensacional. Na sua simplicidade é simplesmente genial. E desde que arrancamos o jogo até o desligarmos, não conseguimos (pelo menos não consegui), tirar do rosto aquele sorrisinho estúpido com que ficamos quando estamos maravilhados com algo, como se fossemos uma criança a rebecer um presente. O jogo está magnifico em termos visuais, o controlo é muito simples, e a música... bem, é daquelas em que damos por nós a cantarolar por aí, fica mesmo na cabeça e dá muito ambiente ao jogo. Este jogo definitivamente vai ser meu."

segunda-feira, junho 05, 2006

O blogue chegou às mil vistas

Para os que ainda nos lêem e acompanham o nosso relacionamento com os jogos, numa perpestiva radicável na primeira pessoa, na experiência e no contacto, fica o nosso obrigado.

Mas convidamo-vos a participarem também, a fazerem do Old School Gamer o vosso blogue, mais rico e diversificado. Partilhem o vosso saber, tudo o que quiserem.

E se pretenderem escrever, é só deixar mail ou comentário que logo se distribuem convites. Tudo sem stress. Um abraço! ;)

Loco Roco - there's a new boss in town

É assim, em cada temporada há um jogo que se envolve num misto de originalidade e adaptação plena com a consola receptora.
Parece ser o caso deste Locoroco uma espécie de Katamari Damacy embora tolhido numa outra forma de jogo, muito mais próxima da sugestão do Mercury's de Arthur McLean, nomeadamente o deslize de fluidos.

Há também confirmação que para se fazer um grande jogo não é preciso muita complexidade no comando ou argumentos intricados por via de personagens risíveis ou padecíveis de males crónicos que as jorram à vitimização ou maldição permanentes.
O exemplo que guardámos na memória e facilmente se nos afigura para exemplificar esta premissa é sempre o inevitável tetris cuja estrutura simétrica e acoplável nos fazia perder dias e dias para superar aquele record.

No caso deste LocoRoco a ideia base é fazermos girar umas bolhas ao longo de um percurso, todo em duas dimensões, enquanto pressionamos os botões de apoio para mover num determinado número de graus o cenário. Há saltos e outras iniciativas para levar as bolhas mais ou menos flexíveis até ao fim do percurso. Pelo meio os inevitáveis obstáculos tornam a tarefa mais diletante, afectada por vicissitudes várias.
E não podia faltar a música de banda, tipo festa na Vila.

A Eurogamer já rotulou o jogo numa interessante review que podem ler ---> aqui

O site oficial ainda que em japonês permite perceber mais sobre as bolhas peregrinas.

A PSP tem Jogo!

E depois da Tempestade... a Bonança


Estou para ver onde é que andaram as medidas de restrição às Booth Babes durantes a E3 deste ano.
Depois de finalizado o evento, nada melhor que ver as imagens do que melhor se faz no certâme de...
Vender o peixe... com a ajuda de um pouco de "Sex Appeal".

Babewatch E3 2006 – Cobertura G4mers

(download nacional @G4mers)


domingo, junho 04, 2006

Xenogears - o meu RPG


Até jogar Xenogears, faz por esta altura dois anos que o encomendei do site Tronix Web, Panzer Dragoon Saga prevalecia como o meu RPG favorito de cariz oriental.
Em 2004, por forças intrínsecas ao fórum Insertcoin já o Zicler e Nemesys/Razgriz o tinham jogado. Convencido da argumentação deles fui para a descoberta. À partida estão garantidas mais de 50 horas de jogo neste que bem pode ser a pedra de toque da Square.

Arrumado cientificamente seja nos traços religiosos como o começo de tudo, nas questões sobre a genética, é impossível ficar indiferente aos sucessivos "twists" que o argumento proporciona. Dezenas de personagens, muitas delas marcantes viajando por locais distintos e, direi até, maravilhosos.

Permanentemente sobressaem aspectos ligados à Filosofia e à Psicologia, neste caso por via do conceito freudiano de ego, super ego e "ID", ligado ao mesmo protagonista e às suas memórias: Fei Wong.

A escolha em cheio no alvo de cenas CG do género anime entrelaçadas em melodias sonantes acerva o conjunto de tópicos atingidos com superioridade.

Muito haveria para escorrer sobre este brilhante e quase poético jogo da Square, mas este post serve tão só para recuperar a memória de um magnífico período que a Square me proporcionou.

sexta-feira, junho 02, 2006

Uma recomendação para o fim-de-semana

Caso não vá para a praia ou esteja com dificuldades quanto à melhor forma para o ocupar o tempo livre, deixo aqui uma sugestão de cinema para ver em casa; o filme Dracula, de Francis Ford Coppola.



Trata-se de uma adaptação ao cinema do romance de Bram Stocker. Com argumento de James V. Art, Coppola serviu-se, a meu ver, de um naipe de eficazes interpretações para sedimentar numa película de 123 minutos a história de um vampiro voltado ao amor com fim trágico.

Gary Oldman está perfeito no papel de criatura sorvedora de sangue humano. Bem envelhecido em termos de aparência, há também espaço para Winona Ryder, Keanu Reeves, Anthony Hopkins, Monica Bellucci e porque não o instável e sempre genial Tom Waits.

Já vi este filme uma série de vezes, sempre fascinado com o brilhante interlúdio como mote para duas horas de devaneio, maldição e destino.

keiji Inafune entrevistado pela Eurogamer

Na volta ainda leram o meu penúltimo post e avançaram com a entrevista ao produtor da Capcom.

Podem seguir a entrevista aqui.

Contudo gostaria de transcrever algumas afirmações que me parecem importantes:

"We've probably only hit about 60 per cent of the Xbox 360's potential (...)The more years you study a platform, the better you get. Some of the games you'll see in three of four years will be truly amazing"

"The way that most Japanese developers used to work was of course that you'd focus on what you know. So we'd always focus on Japanese players. But we're adapting to the international market, and trying to make games thinking of gamers overall - we're not looking at it in terms of national groups any more, because we can't afford to. Right now I'd say Asia has different tastes to the rest of the world, so there's this gap that's making it tough for us, but there are games that everybody likes and we need to start focusing on that as an industry."

Aproveito também de fazer uma correcção ao post em que referi Lost Planet, na parte em que considerei ter faltado saber mais sobre LP no decurso da E3. Realmente o jogo esteve disponível em duas áreas de demonstração no decurso da exposição. Por essa falha, as minhas desculpas.

quinta-feira, junho 01, 2006

V for Vendetta - A Wachowski Redemption


É verdade, a magia que nos marcou com "The Matrix" e que nos envenenou com as sequelas, encontra-se aqui, e bastou apenas mudar de Universo e transmitir novas ideologias para que o par de irmãos mais conhecidos do Cinema fizessem das suas.
A História é um argumento adaptado por parte dos W Bros., de uma Graphic-Novel da Alan Moore e David Lloyd da Vertigo Comics.
E não há muito mais a dizer que, o filme reune qualidades exelentes e medianas, mas desta vez a exelência do filme vêm da sua parte mais importante e que sempre foi a razão da existência dos filmes dos W Bros., o enredo exelentemente adaptado e com um compasso de história acção muito bem definido, as personagens, Natalie Portman como "Envy" sempre "deliciosa" de se ver no ecrã e de chorar por mais, e Hugo Weaving, como o protagonista principal "V", espetacular na sua representação corporal atrás da mascara e com um tôm voz tão convicente que nos ajudou a acreditar na personagem que cria, apesar da falta de presença fisíca do mesmo.
Os pontos fracos podem ser lidos da critíca de Nuno Markl que eu concordo plenamente:

"
V DE VINGANÇA podia ter sido uma obra-prima, não tivessem os Irmãos Wachowski entregue a sua realização a um colaborador com muito menos talento do que eles. James McTeigue foi assistente de realização na saga MATRIX e, enquanto realizador, não está à altura nem da BD de Alan Moore e David Lloyd, nem do excelente argumento em que os Wachowski a transformaram. McTeigue não sabe filmar bem cenas de acção (exceptuando o massacre do clímax, que parece ter tido uma mãozinha dos próprios Wachowski), não tem nenhuma ideia visual forte e a maior parte do tempo filma V FOR VENDETTA com uma competência televisiva que não aquece nem arrefece. A sorte dele é que o resto do filme é tão bom, que acaba por ofuscar essas fraquezas.

V DE VINGANÇA, anunciado como um "blockbuster" de acção dos criadores de MATRIX, é no fim de contas uma fábula cerebral, não muito veloz e nem sequer muito cheia de sequências de acção. A certa altura, o vingador V, depois de sobreviver a uma saraivada de balas afirma: "Por trás desta máscara há mais do que carne e sangue; por trás desta máscara há uma ideia, e as ideias são à prova de bala". A frase acaba por funcionar como uma metáfora sobre o próprio filme: por trás da máscara de "blockbuster" (que aliás tem servido para promover o filme) há, de facto, muitas e boas ideias. E a verdade é que elas sobrevivem aos tiros no pé do realizador McTeigue."












No final, temos a sensação de obra cumprida, e que acabamos de ver uma das melhores adaptações de BD de sempre, pena não ter um sentido estético de BD bem transcrita do papel como poderia ter sido, assim estariamos diante de uma obra-prima. Tal como o "The Matrix" foi para o universo Cyber-Punk que vivia até então de barriga vazia a custa de "Blade Runner" e poucos grandes do genéro.

Os melhores da E3, por game critics awards


Já está disponível no site a lista dos melhores da E3 2006.

A Wii terá convencido a maior parte das redações norte-americanas que puderam votar. Gears of War sai eleito como melhor jogo para consolas.

Lost Planet Extreme Condition


Falei neste jogo na postada anterior. Serve a presente para excogitar um pouco mais à volta deste jogo de acção derivado do correr da pena de Keiji Inafune, criador de famigeradas séries da Capcom como Mega Man ou Onimusha, RE4, e agora, talvez a menina dos seus olhos; Lost Planet Extreme Condition


Mais uma vez a Capcom adquire supremacia no âmbito das produtoras a nível global. Nem todas conseguem manter um nível de respeito a que a Capcom nos vem habituando. Desde séries de culto como Resident Evil, até Silent Hill, ou porque não Ghouls'n Ghosts, sempre souberam dar a volta quando exigências prementes clamavam mais alto. Assim foi com RE4, provavelmente o grande jogo de 2005, não só como sendo o marcador de uma geração de jogos para consolas enquanto representante de um certo estado de arte gráfica, mas passando também pelo rejuvenescimento, qual elixir da juventude, de uma série demasiado estagnada e convencida.

Este Lost Planet apanhou muitos desprevenidos quando souberam das boas novas a partir do vídeo posto em circulação em finais do ano passado, que podem rever no site que deixei em link no penúltimo parágrafo. Cenários vastos e gélidos, plenos de mechs abissais em habitat com criaturas repugnantes e grotescas sugerem uma tarefa épica a cargo de um Hércules voltado a condições extremas num planeta áspero e rude, próximo da dissolução.

Faltou saber mais sobre este jogo no decurso da E3. Confesso que para mim esta obra tem mais significado que qualquer vídeo ou até demo de Halo. Lost Planet poderá ser uma exímia congregação do melhor a que os produtores interinos da Capcom nos vão surpreendendo.

Posto isto é seguro que temos nós a ganhar enquanto jogadores, mas reforçada sai também a Xbox 360 por hospedar um possível marco da next-gen dos videojogos.

Pena sair lá para 2007, tanto tempo...